quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Os Sete caminhões mais potentes do Brasil

Em matéria de potencia, temos perdido pouco para os caminhões lá fora. Veja a lista dos mais potentes do país, todos com mais de 500 cavalos.

7 – DAF XF105 – 510cv 


Nova de Brasil, já que chegou apenas em 2013, a montadora holandesa já está presente na lista dos mais potentes com o seu XF105, que chega a 510 cavalos. O caminhão pode vir nas versões manual e automatizada e com câmbios de 16 velocidades.
6 – Volvo FH – 540cv 


A montadora que tem história no Brasil produz caminhões para diversos seguimentos e com diversas potencias, dentre eles o Volvo FH, com motorização de 420 a 540 cavalos, caixa automatizada I-shift ou transmissão manual e vários modelos de cabine.
5 – Iveco Hi-Way – 560cv


A marca italiana também tem modelos de todos os tamanhos, mas sua versão mais potente é o Hi-Way 6×2 ou 6×4. O caminhão tem entre 440 e 560 cv e seu torque chega a 2.500Nm. Está disponível com caixa de câmbio manual ou automatizada.
4 – Scania R560 – 560 cv


A sueca sempre figura entre as listas de caminhões mais pesados do mundo, até porque seu foco é esse e ela não está presente em segmentos leves. Com o R560, a marca chega a uma capacidade de tração de 78ton a um torque máximo de 2700Nm. O veículo vem equipado com a caixa de câmbio Opticruise de 14 velocidades.
3 – Mercedes-Benz Actros 4160 SLT – 600cv 


A Mercedes-Benz lançou esse 8×8 na última Fenatran. Idealizado para o transporte especial extrapesado, ele tem poder de arraste de até 500ton e torque de 2800Nm. Possui ainda caixa de câmbio PowerShift automatizada de 16 manchas. O caminhão é fabricado na Alemanha.
2 – Scania R620 – 620cv 


É o caminhão mais potente fabricado no Brasil, com 620cv e torque de 3000Nm. Ele, assim como o R560, conta com a caixa de câmbio Opticruise de 14 velocidades. Na Suécia a marca possui um modelo ainda mais potente, o R730.
1 – Volvo FH16 – 750cv 

O caminhão mais potente do mundo é fabricado na matriz da Volvo, na Suécia, mas está disponível no mercado brasileiro desde 2013. Com 750 cv de potência e torque de 3550Nm, ele é destinado ao transporte de cargas super pesadas indivisíveis. Disponível apenas com caixa de câmbio I-Shift, ele parece bruto por fora, mas é cheio de conforto por dentro.


quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Os cinco caminhões mais desejados do mundo


Além do conforto e do luxo, essas máquinas vem equipadas com motores super potentes, que ajudam a completar a experiência de pegar a estrada em grande estilo. 
Conheça os cinco caminhões mais luxuosos e desejados do mundo:
5- LoneStar – Navistar
 O gigante LoneStar, da fabricante americana Navistar é considerado por muitos, o  pesado mais luxuoso. Projetado a partir de consultas com estradeiros experientes nos Estados Unidos, o caminhão oferece quase 600 cavalos de potência, além de um design arrojado e conforto fora de série.
A Navistar aplicou nesse modelo o conceito de transformar a estrada em uma extensão da casa, equipando a cabine com cama embutida, escritório, sala, frigobar e sistema de som.
Para desfrutar de todas as vantagens do LoneStar, o interessado investirá mais de U$ 175 mil.
4 –VT 880 – Volvo

O modelo VT 880 da Volvo com seu amplo espaço na cabine e no estilo clássico “bicudão”, é um dos caminhões mais utilizados nos Estados Unidos e Canadá.
O que mais chama atenção no caminhão é o painel de controles, que permite ao motorista controlar as principais ações em sua viagem com simples comandos práticos. Além disso, o VT 880 conta com um computador de bordo que mantém o caminhoneiro informado sobre tudo o que ocorre durante a viagem.
O caminhão é equipado com um motor eletrônico de 625 cavalos, força suficiente para carregar cerca de 100 toneladas por viagem.
Este chefão das estradas ainda vem equipado com airbags de série e uma cabine revestida de aço de alta resistência e pode ser encontrado por um valor que gira em torno de U$ 100 mil.
3 –Actros– Mercedes Benz
A nova aposta da montadora alemã é aliar as experiências bem sucedidas dos famosos sedans, com a popularidade de seus caminhões em um único projeto, o Actros. O modelo é produzido no Brasil e a versão luxo pode ser comercializada no mercado nacional em breve.
O caminhão apresenta avanços no que diz respeito à tecnologia, conforto e segurança. Possui câmbio automático, excluindo a utilização do pedal de embreagem, sistema de controle de proximidade e ar condicionado que funciona mesmo com o caminhão desligado, mantendo o ambiente mais agradável aos motoristas.
O Mercedes Actros possui motor eletrônico OM 501 LA de 6 cilindros em V com potência de 456 cavalos, sendo considerado um dos mais fortes do Brasil.
O investimento para adquirir esse caminhão é de aproximadamente R$ 500 mil e transportadores brasileiros já encomendaram os seus.
2 – Radiance – Renault
O modelo conceito da francesa Renault, foi construído com base naquilo que seria o “Caminhão dos Sonhos”. O Radiance é destaque principalmente por seu design semelhante ao de um carro super esportivo, seus para-choques em formato de arco, cabine com ampla área envidraçada, teto solar, são inovações desta nova geração de caminhões, permitindo aos condutores uma visão ampla nas estradas.
O Radiance aposta na aerodinâmica e o seu espaço interno proporciona ao caminhoneiro o conforto necessário para enfrentar longas viagens, além de uma estrutura com diversas opções de comando diretamente no painel principal do caminhão.
Para projetar este modelo, a Renault trabalhou com base em três conceitos: “Conduzir como num carro”, “Trabalhar como no escritório”, “Viver como em casa”.
Para dirigir este modelo futurista, o caminhoneiro vai desembolsar aproximadamente U$ 200 mil.
1 –FH16 700 – Volvo

Eleito o caminhão mais potente do mundo, o FH16 700 da Volvo é equipado com motor a diesel de 16 litros com 6 cilindros em linha, injeção direta e 700 cavalos, o caminhão é apropriado para longas viagens e cargas especiais,pois, possui uma autonomia acima dos padrões de sua categoria, oferecendo dois tanques que armazenam juntos aproximadamente 1.180 litros de diesel.
Os diferenciais do FH16 estão principalmente na cabine, que conta com sensor de chuva de até 4 intensidades, sensor de ponto cego e outros itens que auxiliam os caminhoneiros em suas viagens.
O caminhão também possuí uma área maior para a cama, estrutura para instalação de TV LCD e amplo espaço para o passageiro. O painel foi adaptado para comportar um moderno computador de bordo.

O valor FH16 700 fica em torno dos R$ 500mil, dependendo das configurações escolhidas pelo futuro proprietário.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Dez caminhões que fizeram história no Brasil

Eles ajudaram a construir o Brasil e fizeram história nas mãos dos caminhoneiros

A chegada dos caminhões ao Brasil sem sombra de dúvida revolucionou o transporte nacional e no decorrer das décadas muitas mudanças ocorreram, tanto nas vias quanto nos veículos. Então a Castor Multimarcas trás os 10 caminhões que fizeram história no Brasil. 

1 - Mercedes L-1113

O Mercedes L1113 foi um dos caminhões mais vendidos do Brasil
Sucessor do igualmente popular 1111, o Mercedes L-1113 surgiu em 1969 com a mesma cabine, mas com motor mais moderno e potente – era um seis cilindros 5.7 de 147 cv e 41 mkgf de torque. Contudo, a principal bossa era sua cabine suspensa por molas e dois amortecedores de dupla ação, conforto que nenhum outro modelo tinha até então. 
Confiável e de manutenção barata, o 1113 se tornou tão popular que foi apelidado de “Fusca das estradas”. Pudera: foram cerca de 200 mil unidades vendidas até 1987, sem contar as variações 1313, 1513 e 2013 com maior capacidade e tração e de carga. Estima-se que mais de 170 mil deles ainda estejam circulando pelo Brasil. 

2 - Scania L111

O Scania 111 era dos cavalos mecânicos mais fortes de seu tempo. Ainda hoje
pode serencontrado com facilidade no transporte de contêineres. 
Lançado no Brasil em 1976, o Scania L111 sucedeu os L75 (de 1959) e L76 (1963). Todos eles receberam o apelido “Jacaré”, mas foi o L111, lançado em 1976, o mais bem-sucedido deles e também o que teve produção em maior escala, sem deixar de lado a cor laranja característica estreada pelo L76.
Boa parte dos L111 recebeu o motor DS11, um seis cilindros de 11 litros com turbo que entregava 296 cv a 2.200 rpm e 111 mkgf de torque a 1.400 rpm, com transmissão de 10 marchas e duas gamas. A produção durou até 1981, mas a robustez e a simplicidade mecânica deste caminhão de origem sueca permitem que eles sejam vistos aos montes cruzando estradas brasileiras, sempre tracionando cargas pesadas.

3 - Chevrolet C6500

O Chevrolet 6500 deu origem à picape no Brasil
C6500 é o “nome científico” do popular Chevrolet Brasil. Levou este apelido por ter sido o primeiro caminhão da Chevrolet fabricado no Brasil, em São Caetano do Sul (SP). A produção começou em 1958 com cabine baseada na picape americana “Advance Design”, mas com frente da “Task Force”.
O motor era um Jobmaster seis cilindros 4.3 a gasolina de 142 cv a 4.000 e 32 mkgf a 2.400 rpm, com câmbio de três marchas. A versão 3100, considerada picape, deu origem a outros modelos: o Alvorada tinha cabine dupla, enquanto a Amazona era a versão fechada de passageiros e o Corisco era seu furgão. A produção deles durou até 1964, quando foram substituídos pela linha C-10.
4 - Mercedes L-1620
Lançado em 1996, o Mercedes L-1620 é considerado sucessor direto do L-1113, tanto pela capacidade de carga quanto pelo sucesso que teve no mercado. Foi campeão de vendas no Brasil por seis anos. O motor é um 6 cilindros turbocooler de 211 cavalos de potência e torque de 71 mkgf entre 1200 e 1900 rpm.
O modelo foi descontinuado em 2012, sendo substituído pelo Atron 2324, que por sua vez foi descontinuado no final de 2016. A cabine bicuda continua viva apenas no Atron 1635, um cavalo mecânico com motor de 12 cilindros que gera 345 cv e 147,9 mkgf.

5 - Volvo Titan L935

Os veículos da Volvo chegaram ao Brasil em 1934. Além de automóveis, vieram ônibus, tratores e caminhões, que lidavam bem com as primitivas estradas brasileiras. Mas os famosos L385 “Viking” e L395 “Titan” só chegaram nos anos 50. Também conhecido pelo nada modesto apelido de “Super Volvo” o Titan tinha motor seis cilindros 9.6 diesel de 150 cv, bastante força para a época.

6 - Ford F-Series

O Ford F-8500 era o cavalo mecânico mais forte da Ford em seu tempo.
Em 1971 a quinta geração da Ford Série F estava saindo de linha nos Estados Unidos. Foi o ensejo para importar o ferramental e fabricá-la no Brasil. Era considerada terceira geração por aqui, onde marcaria o retorno da Ford às estradas. Ali nasceria uma família com diversas variações de chassi e capacidade de carga.
O F-8500, maior cavalo mecânico da família, chegaria em 1977 para acabar com o hiato da Ford no segmento, que durou quase 10 anos. Seu motor era um Detroit (sim, um GM) V6 5.2 de 202 cv a 2.600 rpm e 61 mkgf a 1.800 rpm, números excelentes que só eram conseguidos pelo fato deste motor ser dois tempos.
Os grandes caminhões da Série F ganhariam mais uma geração e algumas reestilizações até seu fim, em 2005. Hoje, são representados pelos F-350 e F-4000. 

7 - FNM  D-11.000

FNM D-11 usado pela própria fábrica na distribuição de peças 
FNM (ou FêNêMê) é a sigla para a Fábrica Nacional de Motores, estatal que foi a primeira fabricante de caminhões do Brasil. A fábrica de Xerém (distrito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro) chegou a fica um ano parada por causa da má situação financeira da Isotta Fraschini, que lhe fornecia as peças para o D-7.300. Sem poder contar com a Isotta, encontraram outra fabricante de caminhões italianos, a Alfa-Romeo! 
Não havia “cuore sportivo” nos cara chata da FNM derivados dos Alfa Romeo. O primeiro foi o D-9.500, mas quem se destacou na histótia foi o D-11.000, lançado em 1958. Caminhão pesado da empresa, tinha motor seis cilindros todo de alumínio de 150 cv. Logo veio o apelido “Barriga D’água”, culpa do vazamento de água no bloco em cerca de 30% dos veículos vendidos no primeiro ano. A FNM trocou gratuitamente todos os motores afetados naquele que pode ter sido o primeiro recall do Brasil.
O detalhe mais curioso do D-11.000, porém, era o cruzamento de marchas. Para cada uma das quatro marchas à frente, havia uma reduzida controlada em uma alavanca extra no painel. Em algumas trocas o motorista precisa tirar as duas mãos do volante, mas na passagem da terceira para a quarta reduzida ele pode usar a mão e o cotovelo. Ao mesmo tempo. 

8 - VOLVO N10 

Apesar do relativo sucesso dos Titan e Viking, só em 1979 a Volvo deu início à produção de caminhões no Brasil. Foi com o N10, com motor 10 litros de 263 cavalos de potência e capacidade de tração de até 52.000 kg. O detalhe mais característico está nos quatro faróis. 
Para entrar nos canaviais, em 1984 a Volvo instalou no N10 um motor que queimava álcool e diesel. Duas linhas de combustível alimentavam o motor turbo TM101 G de 9,6 litros com injeção piloto, que produzia 275 cv. Apenas 10 unidades foram produzidas. 

9 - Mercedes L-608 D

O "Mercedinho" fez sucesso com os entregadores Brasil afora
Sempre é mais legal chamar o Mercedes L-608 D de “Mercedinho”. Lançado no Brasil em 1972 (a estreia na Europa foi em 1967), foi a aposta da marca para o segmento de caminhões urbanos. Deu tão certo que ao final do primeiro ano já detinha 35% do segmento. Com motor 3.8 de quatro cilindros com injeção direta, 85 cv e caixa de cinco velocidades ZF, tinha capacidade para 3.500 kg.
Muito utilizado para entregas , o L-608 seria reestilizado 1984 e substituído pelo L-709 em 1988. Este depois ganharia motor turbo de 106 cv e seria rebatizado de L-710. Aos poucos esta família foi substituída pelo Accelo, desenvolvido no Brasil e muito mais moderno, até ter a produção encerrada em 2014. 

10 - Volkswagen Constellation

Criado no Brasil, a linha Constellation da Volkswagen tem desde caminhões
pequenos até cavalos mecânicos parrudos.
Último caminhão de Pedro e Bino na série Carga Pesada, o Volkswagen Constellation foi lançado em 2005. É a família de caminhões pesados mais nova da Volkswagen (MAN), desenvolvida por engenheiros alemães e brasileiros. Ele chegou a ser testado na África e na Europa, mas sua produção se dá unicamente na fábrica de Resende (RJ), de onde também é exportado.
Hoje, existem 29 variações na família, graças a diferença de potência, capacidade de tração e tipo de chassi. O menor, 13.180 (4×2), tem motor MWM 4.7 quatro cilindros de 179 cv, enquanto o 31.370 usa motor Volkswagen 9.4 seis cilindros com turbo de geometria variável que gera 367 cv. 

Estes são alguns dos caminhões que marcaram e marcam a história brasileira no transporte rodoviário. E você caro leitor, qual destes caminhões marcaram sua vida e alguma forma? 

Por Henrique Rodriguez - Quatro Rodas

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Limpador de Para-brisa


Ontem aconteceu algo surreal em minha cidade; CHOVEU! E muito, aqui é um tanto raro isso acontecer, mas quando vem é muito bem vinda. Ainda mais quando o clima fica ameno, e se tratando de Cuiabá esta bem fresquinho marcando exatos 29° C. Durante essa chuva eu estava de moto e a visibilidade não era nada boa. O capacete não tem nenhum dispositivo que auxilia a visão durante a
chuva, a qualidade da viseira não era das melhores e a água que os veículos levantavam não colaborava muito. Então eu senti uma certa inveja de quem tinha um limpador de para-brisa, e um carro também, já que estava bem frio e a chuva muito forte; Então me veio a seguinte questão. Quem inventou o limpador de para-brisa? Será que passará pelo mesmo problema que eu? Será que colidiu alguma vez por causa da chuva? Porque não criaram ainda para as motos? Estas questões eu te respondo agora. 
 
Nasceu da criatividade de uma mulher chamada Mary Anderson, uma incorporadora de imóveis, fazendeira e vinicultora, o invento que hoje equipa todos os automóveis (exceto as motos) terrestres, sendo inclusive um item obrigatório no Brasil, o limpador de para-brisa. Em uma viagem a Nova York no inverno de 1902, a srta. Anderson notou que o maquinista de um dos bondes da cidade estava com os para-brisas abertos para impedir o acúmulo de grãos de gelo naquele dia chuvoso e assim conseguir enxergar os trilhos e o que acontecia à sua frente. Contudo os vidros abertos o deixava exposto ao vento congelante. Mary logo imaginou um dispositivo que permitisse ao maquinista limpar a chuva congelada sem precisar abrir os vidros ou parar o bonde para limpá-los com as mãos.
Ao voltar para sua cidade no Alabama, ela contratou um designer para colocar sua ideia no papel de acordo com as normas técnicas e foi atrás de uma oficina que fosse capaz de materializá-la. Com o desenho técnico e um protótipo funcional, a srta. Anderson foi ao escritório de patentes e conseguiu registrar sua invenção em 1903.

Ela consistia de uma lâmina de metal com uma tira de borracha pressionada contra o vidro. Para limpar o vidro, o operador precisava apenas mover uma alavanca direta posicionada no lado de dentro do veículo. O retorno da lâmina era feito por um contrapeso, o que facilitava sua operação, enquanto uma mola mantinha a borracha pressionada contra o para-brisa.
Com a patente em mãos garantida por 17 anos, a srta. Anderson começou a vender seu invento aos fabricantes. Em 1905 ela tentou vender os direitos de produção a uma empresa canadense, que, reza a lenda, recusou a proposta dizendo que a invenção “não tinha valor comercial”. Se é verdade, alguém deve estar arrependido até hoje. E seus filhos. E os filhos de seus filhos.
A patente da srta. Anderson expirou em 1920. Com o boom dos automóveis nessa época, bastava copiar o projeto e instalar em seus carros. E foi exatamente o que aconteceu. Nos anos seguintes o limpador de Mary Anderson foi aprimorado por outros inventores, como John R. Oishei, que desenvolveu os limpadores de duas peças, semelhantes ao que usamos até hoje, ou William M. Folberth, que em 1922 desenvolveu um sistema para mover o limpador de para-brisa de forma automatizada, dispensando a alavanca manual.
A última grande evolução do limpador de para-brisa aconteceu nos anos 1960, quando o professor universitário americano Robert Kearns inventou o sistema de temporizador dos limpadores, para que eles funcionassem de forma intermitente em condições de chuva mais fraca.
A história de Kearns e sua invenção, contudo, não foi tão simples quanto a dos demais inventores envolvidos com a evolução do limpador de para-brisa: ao tentar vender sua patente para a Ford, teve sua proposta recusada, mas o sistema acabou adotado pelos carros da marca — e posteriormente também nos modelos Chrysler e General Motors.

Diante da injustiça, Kearns decidiu travar uma dura batalha contra as grandes fabricantes, algo que consumiu boa parte de seus recursos financeiros e até mesmo seu casamento. A história foi contada no filme “Jogada de Gênio” (Flash of Genius – 2008), lançado três anos após sua morte aos 77 anos.



segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Caminhão Elétrico


Está nascendo o primeiro caminhão de carga elétrico do mundo. Já tem carro, ônibus, equipamentos, mas caminhão de carga movido a eletricidade o primeiro é o AEOS (Eios), cujo protótipo foi apresentado numa conferência internacional em Columbus, nos EUA.

Estava mais do que na hora da tecnologia elétrica produzir um caminhão de carga. Mas o curioso é que o veículo foi criado pela Cummins, que é o maior fabricante independente de motores a diesel do mundo. Está em mais de 190 paises e no Brasil, fornece motor a diesel pra Ford, Agrale, Volkswagen-MAN, para equipamentos agrícolas e também os setores marítimo e construção civil.

Na busca por sustentabilidade, o mais tradicional fabricante de motor a diesel parte para a eletrificação da produção.
O AEOS (Eios) é 100% elétrico, é um cavalo mecânico 4X 2 com peso bruto total de 33,7 toneladas com capacidade para 20 toneladas de carga. E tem autonomia de 482 quilômetros com uma única carga na bateria.
O caminhão elétrico começa a ser vendido em 2019, quando a Cummins completa 100 anos.
A empresa tem outro programa de motorização de autonomia estendida (híbrido), que é um pouco diferente. O caminhão tem um motor a combustão que carrega a bateria central. Esta sim é que move o caminhão. Esse modelo chega ao mercado em 2020.
A novidade foi apresentada em São Paulo, quando a empresa detalhou as novidades que vai mostrar na Fenatran, feira de Transportes que começa dia 16 e vai até dia 20 de outubro em São Paulo.


segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O primeiro caminhão a combustão interna


Um invento que mudou a história dos transportes de carga
Quando, em 1886, Gottlieb Daimler e Carl Benz apresentaram ao mundo os primeiros veículos movidos por motores de combustão interna, o mundo assistiu uma autêntica revolução na história dos transportes.
As ferrovias, já com cerca de meio século de existência, dominavam a cena do transporte de carga a médias e longas distâncias. Para as distribuições no varejo, a partir das estações, recorria-se aos veículos de tração animal. Uma estrutura já consolidada aos padrões e necessidades da época. Onde todos viam uma estagnação, eles viram uma oportunidade. Nasceu então, o transporte de carga e o caminhão. Prático, eficiente e inovador.

Nova era nos transportes de carga

Como uma previsível evolução dos primeiros veículos motorizados e como natural decorrência do forte espírito empreendedor dos pioneiros Daimler e Benz, o primeiro caminhão do mundo, da Daimler-Motoren-Gesellschaft, começou a percorrer as ruas de Cannstatt, na Alemanha, em 1896. Um veículo singelo e algo rudimentar, aos olhos de hoje, definido como caminhão apenas pelo objetivo e transportar carga e não pessoas. Não possuía cabina, como a conhecemos; havia apenas um largo assento para o motorista. Aros de ferro cobriam as rodas. O motor de dois cilindros, a gasolina, ficava na traseira. A capacidade de carga útil chegava a 1,5 tonelada. Um caminhão "capaz até de dar marcha à ré" segundo noticiário da época.
No mesmo ano, coincidentemente, Karl Benz apresentou uma furgoneta com capacidade de carga útil de 0,3 tonelada. O advento do caminhão constituiu, de início, uma vitória pessoal daqueles que enfrentaram riscos sucessivos até obter resultados satisfatórios e, sobretudo, acreditaram na forca das ideias. Mesmo assim, quase uma década transcorreu até que o caminhão superasse as naturais resistências ao que é novo e vencesse a forte concorrência do transporte ferroviário.
A arte de comerciar, uma das grandes paixões humanas, move-se pelo espírito pragmático. E ela, historicamente, elegeu o caminhão como o meio de transporte ideal, com vantagens em termos de flexibilidade operacional, rentabilidade, economia de tempo e custos relativamente baixos de manutenção.

O caminhão evolui permanentemente

Benz 5K3 - o primeiro caminhão diesel do mundo
Daimler pouco pôde acompanhar da evolução de seu invento. Faleceu em 1900. Na fábrica que fundou e na de Karl Benz, no entanto, o caminhão continua exigindo permanentemente novas soluções tecnológicas. Aprimora-se tudo: o motor, a caixa de mudanças, os eixos, a direção, os freios...
Conforto, segurança e rentabilidade costumam andar juntos; nos primeiros anos do caminhão, o conceito se consagra. E o motorista vai deixando de trabalhar a céu aberto: configura-se cada vez mais o desenho da cabina. Em 1923, surge o Benz 5K3, o primeiro caminhão diesel do mundo, com motor de 50 cv a 1.000 rpm e capacidade de carga útil de 5,5 toneladas: uma etapa particularmente importante na evolução histórica do produto. A partir dali, o motor diesel firmou-se como o mais adequado para veículos comerciais, por suas características de alto rendimento termodinâmico e robustez.
No Brasil, uma nova etapa

O primeiro caminhão Mercedes- Benz fabricado no Brasil surge em 1956, marcando o início efetivo de produção da fábrica de São Bernardo do Campo. Era o L-312, apelidado de torpedo devido à forma característica do cofre do motor. Um herdeiro da longa tradição de qualidade do nome Mercedes-Benz.
L-312 - Torpedo
A evolução não para. Dos leves aos extrapesados, a Mercedes-Benz disponibiliza para o mercado a mais completa linha de veículos comerciais.

No Brasil e no mundo, o caminhão firma-se como o meio de transporte de carga por excelência. Versátil, adaptam-se com facilidade às características peculiares do transporte urbano, possibilitando serviços de entrega porta a porta; nos longos trajetos, atende às expectativas quanto à rapidez. Sobretudo, não escolhe destino. Atuando muitas vezes como o extenso braço do comércio, atinge pontos distantes do País. Ou do planeta. Um longo futuro aguarda o caminhão, tal qual o conhecemos.

Os Sete caminhões mais potentes do Brasil

Em matéria de potencia, temos perdido pouco para os caminhões lá fora. Veja a lista dos mais potentes do país, todos com mais de 500 cavalo...